o AVC no idosos
O derrame, com origem num rompimento de uma artéria, causa AVC hemorrágico. Esta causa representa cerca de 20% dos AVC.
O AVC isquémico consiste no bloqueio de uma artéria cerebral, em resultado de um coágulo numa artéria cerebral ou embolia, ou seja, coágulo transportado pela corrente sanguínea. Em qualquer dos casos, o cérebro vê-se impedido de receber nutrientes e oxigénio, entrando as suas células em necrose ou morte do tecido cerebral.
No caso do AVC isquémico, existem tratamentos que podem ser eficazes se administrados até quatro horas e meia após o aparecimento dos sintomas. Existe, por isso, uma pequena janela de oportunidade para chamar o 112 e, quem sabe, ajudar a salvar uma vida. Para tal, é importante conhecer os sinais de AVC e atuar rapidamente. Por outro lado, em caso de AVC hemorrágico, pode ser necessário proceder a uma intervenção cirúrgica urgente.
Os sintomas do AVC podem variar, mas alguns sinais comuns incluem:
Alteração da visão, dificuldade em andar, tonturas ou perda de equilíbrio são sinais frequentes.
Dor de cabeça de grande intensidade e sem causa aparente, sensação de náusea e vómitos durante alguns minutos ou horas.
Perda de força num braço ou perna, desvio na cara, boca ao lado ou paralisia facial são indicadores de um possível AVC.
Perturbação súbita da fala, falta de compreensão das palavras e confusão. Existem ainda outros sinais e sintomas, como breve período de ausência, desmaios, convulsão ou coma.
O mais importante é manter-se calmo, recordar os sinais e sintomas referidos e agir. Em caso de dúvida ou suspeita de AVC, deve ligar de imediato o 112.
Peça à pessoa para sorrir. Se notar assimetria da face, ou seja, se o sorriso for só de um lado, pode ser sinal de que o outro lado da cara está paralisado. Peça para levantar os braços. Se tiver sofrido um AVC, a pessoa poderá só conseguir levantar um dos membros.
Fale com a pessoa e observe se fala com clareza. Pode, inclusivamente, pedir-lhe para repetir uma frase. Se a pessoa tiver dificuldade em falar ou se as respostas forem incoerentes, pode ter tido um AVC. Este é um dos sinais mais comuns. Se verificar algum dos sinais descritos, registe a hora e contacte imediatamente o 112. Mantenha-se calmo para responder da forma mais assertiva possível a todas as questões dos profissionais de saúde.
Depois de ter um AVC, a pessoa pode ficar com várias sequelas ligeiras ou graves, dependendo da região afetada do cérebro, assim como do tempo que essa região esteve sem receber sangue.
A sequela mais comum é a perda de força, que pode acabar causando dificuldade em andar ou em falar. Estas consequências podem ser temporárias ou permanentes.
Para reduzir as limitações causadas pelo AVC pode ser necessário fazer fisioterapia, terapia da fala e estimulação cognitiva com ajuda de um fisioterapeuta, terapeuta da fala ou enfermeiro. Isso ajuda a ganhar mais autonomia e recuperar, pois inicialmente a pessoa pode ficar muito mais dependente de outra pessoa para realizar as tarefas do dia-a-dia, como tomar banho ou comer.
A dificuldade em andar, deitar ou sentar ocorre devido à perda de força, de músculo e de equilíbrio de um dos lados do corpo, apresentando o braço e a perna de um dos lados do corpo paralisados, uma situação conhecida por hemiplegia. Além disso, a sensibilidade do braço ou da perna afetados também pode ficar diminuída, aumentando o risco de a pessoa cair e se machucar.
Após o AVC, a face pode ficar assimétrica, podendo apresentar a boca torta, testa sem rugas e olho caído de apenas um dos lados da face. Algumas pessoas também podem apresentar dificuldade em engolir alimentos, seja sólidos ou líquidos, conhecido por disfagia, o que aumenta o risco de engasgamento. Por isso, é necessário adequar os alimentos à capacidade de cada pessoa para comer, preparando pequenos alimentos moles ou usar espessantes para melhorar a consistência das refeições. Além disso, a pessoa pode ver e ouvir pior do lado que tem as alterações.
Muitas pessoas ficam com dificuldade em falar, tendo o tom de voz muito baixo, não conseguindo dizer algumas palavras de forma completa ou mesmo perdendo totalmente a capacidade para falar, o que dificulta a interação com a família e amigos. Nestes casos, caso a pessoa saiba escrever, pode-se dar preferência para a comunicação escrita. Além disso, muitas pessoas acabam desenvolvendo linguagem de sinais para se conseguirem comunicar com as pessoas mais próximas.
A confusão na cabeça depois de um AVC é também uma sequela relativamente frequente. Nesta confusão estão incluídos comportamentos como ter dificuldade em compreender ordens simples ou reconhecer objetos familiares, não sabendo para que servem, nem como se utilizam. Pessoas que tiveram um AVC têm um maior risco de desenvolver uma depressão grave, que pode ser causada por alguma alteração hormonal influenciada pelas lesões no cérebro, mas também pela dificuldade em viver com as limitações impostas pelo AVC.
Para reduzir as limitações que o AVC provoca e recuperar alguns danos causados pela doença, é fundamental fazer o tratamento com uma equipa multidisciplinar, mesmo depois da alta hospitalar. Algumas terapias que podem ser usadas são:
Sessões de fisioterapia com um fisioterapeuta especializado para ajudar o paciente a recuperar o equilíbrio, a forma e o tônus muscular, podendo voltar a andar, sentar e deitar sozinho.
Estimulação cognitiva com terapeutas ocupacionais e enfermeiros que realizam jogos e atividades para diminuir a confusão e os comportamentos desadequados.
Terapia da fala com terapeutas da fala de forma a recuperar a capacidade para se expressar.
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